Na África francófona, desde o início dos anos 90, o tempo de uma
Constituição abafada, colocada ao serviço de líderes políticos abrigados
da observação, análise e crítica indiscretas, chegou ao fim. Assim, os
excessos das práticas políticas têm exigido novos paradigmas. Na África
francófona, o grande desafio continua a ser criar uma feliz simbiose
entre os fenómenos políticos em curso e a ideologia do
constitucionalismo, através da evacuação de todos os paradoxos
relacionados. Hoje, é necessário pensar em novos mecanismos e
instrumentos técnicos que permitam captar a evolução sociopolítica com
vista a adaptar o fenómeno constitucional às novas realidades das
sociedades africanas. Consiste, portanto, em renovar conceitos e
reexaminar abordagens relacionadas com os modos de adesão ao poder
político, a disposição e o equilíbrio de poder. Com efeito, a ideologia
do constitucionalismo constitui uma chave indispensável para a leitura e
análise do postulado estabelecido para a criação de um novo quadro
estrutural e institucional adaptado aos contextos.